Substâncias proibidas e o status no esporte amador: quando a vaidade corre mais rápido que a consciência

Existe um novo tipo de corredor nas ruas e nas redes: o que não busca pódio, mas quer aplausos virtuais. Aquele que não treina por saúde, mas por curtidas. Que não celebra o esforço, mas o print do Strava.

E, aos po

ucos, o que era uma comunidade de superação e bem-estar começou a ganhar um lado mais sombrio: o uso de substâncias proibidas entre atletas amadores. Não para competir. Não por carreira. Mas por status.

💉 Quando o “melhor tempo” vale mais que o processo

Ninguém fala abertamente sobre isso, mas o movimento é real. Tem gente que usa substâncias para baixar alguns segundos no pace, só pra postar o “melhor tempo da vida” e ouvir os comentários:

“Nossa, você voou!” “Tá treinando muito!”

Mas a verdade é que, muitas vezes, não é o treino que mudou — é a consciência que ficou pra trás. O corredor que antes celebrava cada evolução, agora mede valor em números e comparações. E quando o foco vira “parecer” em vez de “ser”, o prazer de correr se perde no caminho.

O preço do atalho

“Ah, mas eu não tô competindo profissionalmente, então não é doping. ”Essa é a desculpa mais comum. Mas o uso de substâncias proibidas não precisa de troféu pra ser um problema. A questão é ética, é pessoal. É sobre o sentido de honestidade que o esporte carrega.

Correr é um ato de transparência com o próprio corpo. E quando o desempenho vem de fora, de uma substância, de um atalho, a conquista perde o peso, o valor e a verdade.

Corrida é sobre consciência

O que faz o esporte ser grandioso não é o pace, nem o pódio, é o caminho até chegar lá. O suor, a paciência, a disciplina. Quem busca atalhos pode até correr mais rápido, mas não evolui de verdade.

A corrida sempre foi sobre se superar, não sobre superar os outros. E talvez esteja na hora de lembrar disso, antes que a vaidade ultrapasse a consciência na linha de chegada.

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Porque correr bem é importante. Mas correr com propósito é o que realmente faz sentido.